A morte
de um agricultor de 38 anos, defensor do presidente Lula (PT), teria sido
motivado por uma discussão sobre Bolsa Família. Ele foi morto a tiros e o
suspeito é um parente dele, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O
crime aconteceu em um sítio na zona rural de São
João do Rio do Peixe, no Sertão paraibano, na madrugada do sábado (27).
De acordo com o delegado Francisco Filho, da Polícia Civil, o
suspeito teria reclamado do atraso do pagamento do Bolsa Família. Em resposta,
a vítima teria dito que ele não deveria querer dinheiro do governo já que não
votou em Lula.
Segundo Francisco, a vítima, Edvan de Sousa Abreu, e o
suspeito, Otacílio de Sousa Abreu, teriam feito uma aposta sobre quem venceria
as eleições, em outubro do ano passado. Edvan apostou em Lula e o Otacílio em
Bolsonaro e, após o resultado do segundo turno, o suspeito pagou a aposta, no
valor de R$ 1 mil.
Conforme o registro da ocorrência na Polícia Militar, na época
da aposta o Otacílio havia reclamado para outras pessoas que Edvan “estava
zombando dele por ter perdido”, porém segundo o delegado, ambos não haviam
discutido mais desde então.
Na madrugada do sábado, os dois estavam bebendo em um bar, no
mesmo sítio onde moram e trabalham como agricultores, quando começou a
discussão sobre o Bolsa Família. Testemunhas contaram à PM que após a
discussão, Otacílio foi para casa, pegou uma arma e voltou atirando em Edvan,
que morreu ainda no local.
De acordo com a PM, o suspeito fugiu após o crime, que
aconteceu por volta das 1h30. Até esta quarta-feira (31), o suspeito não havia
sido localizado ou preso, e a polícia segue investigando o caso.