Na Paraíba, apenas quatro pequenas cidades do estado já
atingiram a meta do Ministério da Saúde contra a Influenza, sendo três na
região do Cariri: Prata (97,64%), São José dos Cordeiros (92,19%), Areia
de Baraúnas (91,73%) e Zabelê 991,68%).
Os municípios da Grande João Pessoa estão entre aqueles que
estão mais defasados na campanha de vacinação contra a Influenza. E isso vem
sendo motivo de preocupação devido ao alto número de casos da doença
registrados na região. Além da capital paraibana, formam ainda a Grande João
Pessoa os municípios de Bayeux, Santa Rita e Cabedelo. E todos apresentam
números baixos de adesão da população.
Bayeux, por exemplo, possui apenas 14,17% de vacinação do
público alvo, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Governo Federal. O
município registra a pior adesão proporcional dentre os 223 municípios da
Paraíba. São 24.727 aptas a se vacinar, mas apenas 3.462 pessoas de fato se
vacinaram.
Para além de Bayeux, a cidade de Santa Rita tem o terceiro
pior número (com adesão de 26% do público alvo) e João Pessoa tem o quinto pior
índice (com adesão de 26,97% do público alvo). Cabedelo apresenta números só um
pouco melhores. Ainda assim, é a 11ª pior situação, com adesão de 30,90% do
público alvo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma campanha de
vacinação para ter sucesso precisa atingir 90% do público alvo, algo que está
longe de a Paraíba alcançar.
Ao todo, o estado tem 1.138.044 pessoas aptas a serem
vacinadas, mas apenas 490.994 vacinadas. Isso significa em 43,57% dos
paraibanos que fazem parte do público alvo. A campanha de vacinação contra a
Influenza vai até 31 de maio.
O público alvo é composto por crianças de 6 meses a menores de
6 anos de idade, gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde,
idosos com 60 anos ou mais, professores de escolas públicas e privadas, pessoas
com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais,
pessoas com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e
salvamento e das forças armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte
coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores
portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21
anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
De acordo com a MS, a síndrome gripal se caracteriza pelo
aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares, tosse, dor de
garganta e fadiga. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três
dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes
com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três por cinco dias após o
desaparecimento da febre. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade
respiratória e há necessidade de hospitalização. Em situações onde ocorre
agravamento dos casos, estes podem evoluir para a síndrome respiratória aguda
grave ou mesmo óbito.