Enquanto o Pix ganha cada
vez mais espaço no dia a dia dos consumidores, batendo recordes de uso e volume
de transações, os bancos vão deixar de oferecer transferências via Documento de
Ordem de Crédito (DOC) até o fim de fevereiro do ano que vem. A medida acontece
por conta da queda nas operações do tipo nos últimos anos e vale para as
transações feitas para pessoas físicas e jurídicas.
Segundo a Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), pessoas físicas e jurídicas poderão emitir ou
agendar transações via DOC até o dia 15 de janeiro, às 22h, para envio até a
data de fechamento do sistema, no dia 29 de fevereiro (2024 será um ano bissexto).
O DOC foi criado em 1985
pelo Banco Central e permite transferências de até R$ 4.999,99, com cobrança de
taxa, que varia de banco para banco. Na comparação com a Transferência
Eletrônica Disponível (TED), que passou a valer em 2002, a modalidade é mais
demorada: o valor cai na conta do beneficiado apenas no dia útil seguinte, caso
a transação seja feita até as 21h59. Se não, somente no próximo dia útil.
Um levantamento feito pela
Febraban, a partir de dados do Banco Central (BC), mostra que, em 2022, 59
milhões de transações via DOC foram feitas, apenas 3,7% do total de 63,071
bilhões de operações feitas no ano.
A modalidade ficou bem atrás
de cheques (202,8 milhões), TEDs (1,01 bilhão), boletos (4 bilhões), cartões de
débito (15,6 bilhões), cartões de crédito (18,2 bilhões) e Pix, a escolha
preferida dos brasileiros, com 24 bilhões.
Além do DOC, também serão
descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas
exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.
“Com o surgimento do Pix e a
alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram
de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao Pix, por ser
gratuito e instantâneo”, afirmou, em nota, o presidente da Febraban, Isaac
Sidney.