O Ministério Público Eleitoral, por meio da procuradora Acácia
Suassuna, emitiu um parecer pela cassação de dois vereadores de Campina Grande
por fraude na cota de gênero. Uma investigação apura o uso de laranjas para
cumprir os 30% obrigatoriamente destinados às mulheres nas chapas
proporcionais.
Segundo o parecer, devem ser anulados todos os votos do antigo
DEM, atual União Brasil, que elegeu Waldeny Santana e Cledson Rodrigues,
conhecido como Dinho Papaléguas. A investigação aponta que houve
irregularidades na candidatura de Marta Ambrósio do Nascimento, Virgínia Soares
de Oliveira e Maria de Fátima Dias de Lima.
No processo, são detalhados áudios onde uma das apontadas como
candidatura fictícia diz que foi colocada para ‘completar’ a chapa. O MPE ainda
diz que elas não fizeram campanha e duas, que mantiveram as candidaturas,
sequer foram votadas, além de nas redes sociais pedir voto para outros
candidatos.
Além da anulação dos votos, a procuradora pede que seja
declarada a inelegibilidade pelo período de oito anos das três mulheres e do
vereador Waldeny Santana, que presidiu a convenção do partido que homologou as
candidaturas.
O parlamentar divulgou um vídeo dizendo que respeita a opinião
do MPE, mas que garante que o partido cumpriu a cota de gênero e vai fazer a
defesa no Tribunal Regional Eleitoral.
Em junho do ano passado o juiz Alexandre Trineto, da 16ª Zona
Eleitoral, já tinha determinado a anulação dos votos.
Com Jornal da Paraíba