A partir de 29 de novembro, os clientes
poderão usar o Pix, sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco
Central (BC), para sacar dinheiro e receber troco em espécie em
estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública. A data foi
anunciada nessa quinta-feira (2) pelo órgão.
No Pix Saque, o cliente poderá fazer
saques em qualquer ponto que ofertar o serviço, como comércios e caixas
eletrônicos, tanto em terminais compartilhados como da própria instituição
financeira. Nessa modalidade, o correntista apontará a câmera do celular para
um código QR (versão avançada do código de barras), fará um Pix para o
estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro na boca
do caixa.
O Pix Troco permite o saque durante o
pagamento de uma compra. O cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e
do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente
especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.
Nas duas modalidades, as transações
serão limitadas a R$ 500 durante o dia e a R$ 100 entre as 20h e as 6h. No
entanto, os ofertantes desses produtos poderão definir limites mais baixos,
baseados no perfil do cliente, na localização, no horário da operação e nos
critérios de segurança. Segundo o BC, a oferta dos dois novos serviços será
opcional.
Não haverá cobrança para pessoas
naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) para até oito
transações mensais. O comércio que oferecer as duas opções receberá, da
instituição financeira do usuário sacador, de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação,
dependendo da negociação com os bancos e as demais instituições.
Benefícios
O Pix Saque e o Pix Troco foram
aprovados no último dia 24 pela Diretoria Colegiada do Banco Central. Em nota,
o BC informou que os novos serviços “têm potencial para trazer benefícios para
toda a sociedade”. Tanto para cidadãos, como para comerciantes, pequenos
empresários e para o próprio sistema financeiro.
“A oferta do serviço diminuirá os
custos dos estabelecimentos com gestão de numerário, como aqueles relacionados
à segurança e aos depósitos, além de possibilitar que os estabelecimentos
ganhem mais visibilidade para seus produtos e serviços, num efeito vitrine”,
informou o Banco Central.
“Para o Sistema Financeiro Nacional
(SFN), as melhorias representam um incentivo constante à digitalização e à
redução de custos nas operações, e ainda estimula a competição, ao facilitar a
oferta de serviço de saque por fintechs e instituições digitais, nivelando
condições concorrenciais”, acrescentou a autoridade monetária.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Marcello Casal
Jr./Agência Brasil