Serviço de
transferência digital e instantânea, o pix revolucionou as transações
bancárias, mas tem sido ferramenta utilizada por criminosos para dar golpes e
prejuízos consideráveis às vítimas. Também online, a plataforma de conversas
Whatsapp tem sido outro cenário de infrações rápidas e perigosas. Os dois
espaços, criados para simplificar a vida do usuário, podem ser instrumentos
para o crime.
Um levantamento feito
pelo CanalTech, site de tecnologia, apontou os principais golpes envolvendo o
pix e destacou que a metade deles é realizado no aplicativo de mensagens.
Uma das mais
efetuadas fraudes ocorre através da clonagem do Whatsapp. Após conseguir
acessar a conta da vítima, o bandido se passa por ela e pede a familiares,
amigos e colegas uma transferência bancária via pix, alegando algum problema
urgente.
Ainda conforme o
portal, também tem sido comum golpistas criarem uma conta no whatsapp e
adicionar a foto da vítima, passando a enviar mensagens para familiares e
colegas avisando que mudou de número. Neste momento, é também a oportunidade de
solicitar a transferência.
Na Bahia, uma dona de
casa perdeu R$ 30 mil em uma transação via pix realizada por um golpista. Ao
informar as autoridades e a agência bancária a qual integrava, conseguiu o
ressarcimento do valor.
Presidente nacional
em exercício da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim),
Sheyner Asfóra detalha que nem sempre a vítima consegue a devolução do valor,
mas em todos os casos, o Banco Central deve ser informado imediatamente.
“Através de uma
reclamação, o usuário pode conseguir informação como os IPs dos terminais de
onde foram feitas as transações, para que seja comprovado que não foi ele quem
realizou o pagamento. É importante um suporte jurídico, com um advogado, que
auxilie nesse processo”, detalhou.
O criminalista
explica ainda que por se tratar de ferramentas consideravelmente novas, as
pessoas precisam ter cautela ao utilizá-las e ao passar informações. “Sempre
devemos trabalhar com provas e evidências: se alguém te pedir uma transação,
confirme que é a pessoa, ligue para ela e tenha a certeza antes de transferir
qualquer valor. Se alguém ligar informando ser do banco, também é fundamental
entrar em contato com a agência e conferir, pois dificilmente as unidades fazem
esse tipo de solicitação de forma digital”, detalhou.
Outros golpes – Ainda
conforme a análise do CanalTech, são cada vez mais comuns o golpe com pix
através de uma ‘falsa central eletrônica’, quando criminosos se passam por
funcionários do banco e solicitam que a pessoa crie o pix e faça uma
transferência para ‘ativar’ o cadastro – o que não existe. Também tem sido
registrado o ‘Bug do Pix’, que ocorre quando o golpista pede um valor, alegando
que enviará de volta uma quantia superior.
Fonte: PBAgora