![]() |
A última atualização do Monitor
de Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), aponta que,
na Paraíba, a área com seca moderada subiu de 58% para 62% entre fevereiro e
março no leste, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses, sendo que o
restante do território apresentou seca fraca.
Com isso, de acordo com o estudo,
o estado tem a maior severidade do fenômeno desde março de 2020, quando 65,6%
do território paraibano registrou seca moderada e o restante teve seca fraca.
Os impactos do fenômeno permanecem de curto e longo prazo na porção central e
de curto prazo no restante do estado.
Brasil
O levantamento também revela que
o problema da estiagem foi sentido em outras localidades do país. No Nordeste
houve uma piora na condição de seca em março, devido às chuvas abaixo da média
ao longo dos últimos meses, marcada pelo aumento das áreas com seca moderada
e/ou grave em parte de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte e Sergipe, além da Paraíba, como já citado.
Por outro lado, devido às
precipitações acima da média no último mês, houve uma redução das áreas com
seca fraca e moderada no Maranhão – único estado nordestino que registrou
melhora nas condições do fenômeno.
Em março deste ano, em comparação
a fevereiro, as áreas com seca tiveram redução em seis das 20 unidades da
Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Alagoas, Maranhão, Paraná, Piauí,
Santa Catarina e Tocantins. O território capixaba, por sua vez, deixou de
registrar seca, o que não acontecia desde abril de 2020.
No sentido oposto, Rio de Janeiro
e Minas Gerais tiveram aumento de sua área com seca, enquanto São Paulo
registrou a categoria mais intensa para o fenômeno no país: seca excepcional,
que não era registrada pelo Monitor no Brasil desde março de 2019.
Em sete estados, 100% de seus
territórios continuaram com seca no último mês em comparação a fevereiro:
Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande
do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do estado, o que não
acontecia desde março e 2019.
Outros três estados registraram
entre 96% e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás. O Distrito Federal
e o Espírito Santo são as únicas unidades da Federação sem o fenômeno.
Monitor de Secas
O Monitor realiza o
acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em
indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os
impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis
meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Essa ferramenta vem sendo
utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e
pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo
aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis
com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas é coordenado
pela ANA, com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e
federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e
validação dos mapas, como a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado
(Aesa), no caso da Paraíba.
Fonte: Portal Correio