A partir desta
sexta-feira (16), mais 2,3 milhões de medicamentos do kit intubação serão
distribuídos pelo Ministério da Saúde. Os insumos foram adquiridos na China e
doados ao governo federal por empresas como a Petrobras, Vale, Engie, Itaú
Unibanco, Klabin e Raízen.
“Com esta doação, nós
conseguimos garantir, conforme os dados enviados, pelo menos 10 dias de
abastecimento em relação ao bloqueador neuromuscular, analgesia e sedação por
midazolam, e 15 dias com propofol. O estado é o responsável, junto aos
municípios, para fazer a redistribuição em sua própria rede assistencial”,
ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE),
Hélio Angotti Neto.
As equipes do
Ministério da Saúde já estão prontas para iniciar a distribuição dos chamados
kit intubação. “Com base em experiências anteriores, a expectativa é de que em
menos de 48 horas os medicamentos sejam distribuídos para todos os estados”,
ressaltou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Critérios
Os hospitais do SUS são os
primeiros da lista a receber os kits. São eles que definem o consumo médio
mensal e os seus estoques aos estados – informações essenciais para orientar,
na ponta, os critérios de divisão dos lotes de medicamentos entre os entes
federativos.
Segundo o Ministério da Saúde,
os dados são apresentados em reuniões tripartites, que ocorrem três vezes por
semana, envolvendo representantes dos secretários estaduais e municipais de
saúde - Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional
de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Ministério da Saúde. A pasta
também conta com a colaboração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), que monitora a produção nacional dos medicamentos.
“A partir daí, traçamos
estratégias de aquisição e de distribuição desses medicamentos, com o intuito
de regularizar a distribuição nacional. No momento seguinte, o Ministério
executa as estratégias, fazendo aquisições nacionais ou internacionais e
propondo uma pauta de distribuição aos estados, que é aprovada pelo Conass e
Conasems”, explicou Cruz.
Desde o início da pandemia da
covid-19, o Ministério da Saúde já enviou aos estados e municípios mais de 8,6
milhões de medicamentos para intubação. Além disso, atua na aquisição de
medicamentos hospitalares por outros meios: há dois pregões em aberto e está em
andamento uma compra direta via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Segundo o ministro da Saúde,
Marcelo Queiroga, a ação vai reforçar a assistência ao Sistema Único de Saúde
(SUS) e os cuidados aos pacientes em todo o país. “A obrigação de adquirir
esses medicamentos é de estados e municípios. Todavia, estamos em uma
emergência pública internacional e nós temos que tomar as providências
necessárias para assegurar o abastecimento em todo o país, principalmente em
municípios menores que não têm condições de compra”, afirmou.
Fonte:
Agência Brasil