Um "inquérito sorológico" vai ser
realizado em duas mil residências da Paraíba para avaliar a possibilidade do
retorno às aulas presenciais nas escolas paraibanas. A informação foi repassada
pelo secretário do Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, que disse que serão
visitadas casas com estudantes entre 3 e 17 anos e que convivem com pessoas
idosas ou com comorbidades - que são aquelas consideradas de grupos de risco.
O objetivo é analisar o "grau de infecção"
existente na Paraíba e avaliar se existem mesmo as condições necessárias para a
retomada das aulas mesmo em meio à pandemia de coronavírus.
Geraldo Medeiros, contudo, sinalizou que
nenhuma decisão deve sair antes de dois meses. Isso porque, ainda de acordo com
ele, o inquérito só vai ser iniciado daqui a dez dias e deve durar 60. O
secretário cita casos de outros estados brasileiros, que retomaram as aulas sem
as análises prévias necessárias, e acabaram registrando um alto índice de
infecção de crianças.
O grande problema é que, apesar das crianças
serem em regra assintomáticas, elas convivem com pais, tios, avós, professores.
Uma série de pessoas que não têm a mesma capacidade de resistir ao vírus. E
isso, segundo o secretário, exige que tudo seja muito bem pensado.
Outro ponto importante apontado por Geraldo
Medeiros é o fato de que decidir pela retomada das aulas significa fazer com
que 600 mil pessoas em média voltem a circular diariamente pelas ruas da
cidade. Uma demanda que, para ele, tem que ser considerada antes de se tomar
uma decisão como essa.