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Donald Trump |
O empresário Donald Trump será
o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Ele alcançou os 276 votos de
delegados do colégio eleitoral na madrugada desta quarta-feira (9), depois de
uma acirrada disputa com a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton.
Trump assegurou maioria em estados decisivos como a Flórida, Carolina do Norte,
Ohio e a Pensilvânia. Ele assumirá o
cargo em 20 de janeiro.
Em seu primeiro discurso como
presidente eleito, Donald Trump declarou que Hillary Clinton telefonou para ele
para cumprimentá-lo, admitindo a derrota.
A vitória de Trump encerra uma
das campanhas mais polarizadas da história recente dos Estados Unidos. A
campanha foi marcada por acusações mútuas, envolvendo a vida pessoal dos
candidatos e atingiu o auge quando um vídeos, de 2005, mostrava o candidato do
Partido Republicano usando palavras desrespeitosas para se referir às mulheres.
O resultado eleitoral surpreende porque contraria as últimas pesquisas que
mostraram Hillary Clinton com ligeira folga na liderança da corrida eleitoral.
Os mercados financeiros
desabaram em todo o mundo com a notícia da vitória de Donald Trump. O índice
Nikkei do Japão caiu mais de 800 pontos, ou seja quase 5%. O índice da bolsa de
Hong Kong perdeu 650 pontos, ou 2,8%. Enquanto isso, o peso mexicano - que já
apresentava um comportamento frágil quando o candidato republicano subiu nas
pesquisas durante a campanha - agora caiu para um mínimo de oito anos, de
acordo com a agência de notícias Bloomberg. As aplicações financeiras estão se
transferindo para o ouro. O peso mexicano está em queda livre.
Algumas emissoras de televisão
nos Estados Unidos mostraram a população mexicana, em praças públicas,
acompanhando com preocupação e tristeza a evolução da contagem de votos e já
pressentindo a vitória de Donald Trump. O México foi um dos principais alvos
dos ataques de Trump ao longo da campanha. Em agosto de 2015, ele defendeu a
construção de um muro na fronteira com o México, financiado pelo governo
mexicano, para evitar a entrada nos Estados Unidos de imigrantes ilegais e
traficantes.
Em setembro de 2016, na
tentativa de fazer uma política de boa vizinhança, o presidente do México,
Enrique Peña Nieto, convidou o candidato Donald Trump para visitar o país.
Trump aceitou o convite e se comportou como chefe de nação e não como
candidato, ocupando o centro das atenções do cerimonial mexicano e colocando
Peña Nieto em segundo plano. A visita de Trump acabou sendo um constrangimento
para o presidente mexicano, que recebeu muitas críticas da oposição.
Logo após o encerramento das
votações, a diferença entre Donald Trump e Hillary Clinton já aparecia muito
pequena, indicando que as expectativas dos democratas de derrotar facilmente
Donald Trump estavam assentadas em bases fora da realidade. A tendência de
vitória do republicano ficou mais acentuada às 23h30 de ontem (8), quando o
candidato foi declarado vencedor na Flórida. Só aí Trump garantiu 29 votos a
seu favor no colégio eleitoral.
Depois disso, quando os votos
computados na Carolina do Norte e em Ohio indicavam vitória de Donald Trump, os
assessores da campanha de Hillay Clinton começaram a ficar alarmados com a
iminente derrota. Toda a estratégia que eles montaram para ganhar em Ohio, que
fica na região Centro-Leste dos Estados Unidos, e mais os estados do Sul,
fracassou. Ohio é um estado "oscilante", que sempre indica o vencedor
das eleições norte-americanas. Restava porém a Pensilvânia, que fica na região
Centro-Atlântico. Mas lá também Hillary perdeu. Com isso, desmoronou o que
restava de estratégia eleitoral de Hillary.
Com Portal Correio