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Em quase cinco anos após início
da liberação de recursos, pouco da obra foi feito (Foto: Thiago
Fernandes/Arquivo Pessoal)
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O Ministério Público Federal
(MPF) instaurou um inquérito para investigar a construção de uma Vila Olímpica
na cidade de Esperança, no Agreste paraibano. Segundo a procuradora da
República Acácia Soares Peixoto, o motivo são supostas irregularidades na
execução da obra, que é orçada em mais de R$ 8 milhões e, desde 2011, R$
2.171.520 foram liberados. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) diz que “não
há serviços executados que justifiquem o pagamento deste montante”.
Em nota, o prefeito da cidade,
Anderson Monteiro, afirmou estar surpreso com a investigação e diz que não foi
notificado. Ele relata que quando assumiu a administração em 2013 a obra estava
paralisada e houve o destravamento de recursos e a construção foi continuada.
Monteiro garante ainda que todos os pagamentos e a fiscalização de tudo que já
foi feito na obra foram aprovados pela Caixa Econômica Federal. O atraso,
segundo ele, se deve à burocracia na liberação dos recursos, diz o prefeito.
saiba mais.
MPF investiga 'fantasmas' e
desvios na prefeitura de Campina Grande
Na Vila Olímpica, são previstas a
construção de um ginásio esportivo, salas para prática de esportes e artes
marciais, pista de atletismo, campo para lançamentos, piscina semiolímpica,
arquibancadas, pista de cooper estacionamento. Até a sexta-feira (28), nenhum
dos espaços estava pronto.
Foram repassadas três parcelas
para a prefeitura de Esperança. Duas foram pagas em 30 de dezembro de 2011, de
R$ 87.165 e R$ 1.920.945, e, a última, em 10 de dezembro de 2015, de R$
163.410.
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Pronta, Vila Olímpica deve ficar dessa forma (Foto: Thiago Fernandes/Arquivo Pessoal) |
O Ministério do Esporte afirmou
que, por parte do órgão, não há problema com o convênio. Informou ainda que os
recursos são repassados pela Caixa Econômica Federal a partir de medições. A cada
vistoria, o banco transfere outra parte das verbas.
O G1 entrou em contato com a
Caixa Econômica Federal e questionou sobre um possível interrompimento nos
repasses devido ao atraso da obra, mas até o fechamento da reportagem não houve
retorno.
Como medida de investigação, o
Ministério Público Federal determinou que o setor de Segurança e Transporte da
Procuradoria da República faça uma diligência na obra para averiguação,
questionando os funcionários sobre a contratação deles e o pagamento. Também deve
ser examinada a movimentação financeira da conta bancária do convênio e os
boletins de medição que subsidiaram a liquidação das despesas da obra.
Com G1PB